Clarke estudou em uma escola para moças no ensino médio e ganhou uma bolsa de estudos em 1936 na Universidade de Cambridge, onde se formou como primeira da classe em matemática. Porém, o título pleno de matemática lhe foi negado, pois naquela época somente homens podiam receber tal título. No ano de 1940, Joan ingressou na GCCS, o serviço britânico de inteligência dedicado a espionagem e contraespionagem, a convite de seu orientador. Nesse período, cerca de 7.000 pessoas estavam trabalhando na instalação de Bletchley Park, onde dois terços eram mulheres.
Durante a guerra, máquinas chamadas de Enigma, bastante semelhantes à máquinas de escrever, serviam tanto para criptografar como para descriptografar mensagens enviadas pela Alemanha Nazista. Sua criptografia era bastante simples, mas seus rotores geravam milhões de possibilidades. Consequentemente, a criptoanálise dessas mensagens era uma tarefa difícil, que demandava imaginação e pensamento preciso. Nesse sentido, Joan destacou-se e logo se tornou a única mulher integrante das equipes responsáveis por lidar diretamente com a quebra de códigos enviados pela Enigma.
Infelizmente, muitos de seus feitos são por vezes ofuscados pelo seu relacionamento com Alan Turing e, por conta de um selo de confidencialidade sobre seu trabalho para o governo, a extensão de sua contribuição ainda permanece desconhecida.
Autora: Letícia Zago de Souza